Seja bem-vindo. Hoje é

terça-feira, 12 de abril de 2011

OS FERREIROS


Ó vultos varonis, resplandecentes,
ao rutilar fecundo do trabalho,
que à pobreza buscastes agasalho,
nas forjas inflamadas e candentes:

Sois o Messias que ensinais às gentes
a despir do passado o vil frangalho;
rompe um sol cada vez que tomba o malho,
porque sois outros tantos orientes.

Fazei rolar a esplêndida cascata
do trabalho incessante, pelas vasa
das rochas da matéria a progredir...

Que essas chispas ardentes que desata
vossa bigorna, orvalho são de brasas
para a flor luminosa do porvir.


Augusto de Lima
in Coletânea de Poesias

Nenhum comentário:

Postar um comentário