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terça-feira, 30 de novembro de 2010

RARA


RARA


Ouço-te
a ser rara
a estrela

no espaço

onde algo
se desprende
e quase tudo
se desmonta

Ouço-te
a virar
os paus

a comer
vestígios
importantes

e estás
em apuros

com as noites

estás em
ponta fina
de margens
dadas

os braços
pelo pó

e os olhos
por força maior

Ouço-te
ao aparecer
da vista

e do tato
e estás incólume

de mim

das causas
disso

dos porquês
daquilo



Miguel Esteves Cardoso

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