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terça-feira, 12 de abril de 2011

Exílio


Já nada vejo nessa bruma
que ora te esconde.
Quero encontrar-te, mas à noite
não me traz nenhuma
esperança de onde nem quando.

Amor, ah, quanto me deves!
Que é dos pés que, leves, leves,
roçaram por este chão?

Alma, és só tempo e solidão.


Emílio Moura

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