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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

É noite

É noite

É noite. À minha amada este soneto
Componho sem momentos de cansaço,
Quando o tempo dos versos faz-se escasso
Como bandas de música em coreto.

O costume da frase teve danos,
Igual folha varrida em tempestade.
Restou-me apenas, nua, esta verdade
Que me segue, silente, pelos anos.

Quero-te muito, mãe de meus seis filhos,
Mulher de meu amor, sem convenção.
Condu assim sempre o coração
Como um trem conduzido por seus trilhos...

É noite. À minha amada, em próprio punho,
Componho este soneto, sem rascunho.


Ives Gandra

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