É noite
É noite. À minha amada este soneto
Componho sem momentos de cansaço,
Quando o tempo dos versos faz-se escasso
Como bandas de música em coreto.
O costume da frase teve danos,
Igual folha varrida em tempestade.
Restou-me apenas, nua, esta verdade
Que me segue, silente, pelos anos.
Quero-te muito, mãe de meus seis filhos,
Mulher de meu amor, sem convenção.
Condu assim sempre o coração
Como um trem conduzido por seus trilhos...
É noite. À minha amada, em próprio punho,
Componho este soneto, sem rascunho.
Ives Gandra
Seja bem-vindo. Hoje é Sábado, 05 de abril de 2025
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário