O soneto mais estramho
Silêncio o soneto mais estranho.
Nem meu. Nem de ninguém. Por quê? Não sei
O olhar foi talvez verde ou foi castanho,
Bem antes do silêncio em que parei.
Há remos esperando por seu rei
E banhistas que buscam no seu banho
Equacionar o tempo com a lei.
O silêncio do espaço, que eu arranho.
Onde arranho, onde luto e silencio,
Vive o soneto mais estranho assim.
O sol onde ele nasce é sol de estio,
Que não conhece o aroma do jardin.
E desta história lá eu perco o fio,
Pois lá começa a história de meu fim.
Ives Gandra
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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