Querer-te
Não consigo este vício abandonar
Que me faz, pelo tempo, sempre igual,
Como igual corre a noite sobre o mar
E deixa o mar na praia seu sinal.
O vício me ensinou a naufragar,
Num naufrágio romântico e informal,
Que não traz o sossego por seu par
E não chega, no todo, a ser um mal.
É, contudo, perpétuo como o sal,
Silente como o puro comungar
E triste como o amor sem ter aval.
É o vício de querer-te, devagar,
De mansinho, de fato e de enxoval,
De minha prole mãe, em santo altar.
Ives Gandra
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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