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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Soneto sobre a lenda dos sargaços

 Soneto sobre a lenda dos sargaços

“E, no olhar de sargaços, fui espelho.
Sargaços deram cor a teu olhar,
Que o sangue quando corre pelo mar
É verde amarelado e não vermelho.

Por que não despertei sem te acordar?
Estrelas despencaram do céu velho
Refletindo nas águas que eu espelho
A distância jasmim de teu olhar.

Por que foi que perdi-me no interlúdio?
Ultrapassei o encanto de teus braços
Sem nunca receber qualquer repúdio

Não foi, por certo, a névoa nos espaços?
Mas se foi, por que causa meu prelúdio
Teus olhos coloriu cor de sargaços?...”


Ives Gandra

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