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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O encanto da presença

O encanto da presença


O soneto do amor, que não tem fim,
Eu refaço, silente, uma vez mais.
Há cores florestais no meu jardim,
No meu jardim... sem cores florestais.

A imensidão das sombras noturnais
De novo ganham vida, atrás de mim,
Navio que navega junto ao cais
Ou corcel livre e preso no selim.

O soneto do amor, de um grande amor,
Que a própria vastidão não é tamanha,
Infinita a visão de sua crença.

Continue assim sendo o seu calor
E traga, dessa forma sempre estranha,
À minha vida o encanto da presença.



Ives Gandra

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