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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Olhar de infância

Olhar de infância

Penetrei pela enorme profundeza
Deste mar colorido de teus olhos
Triste azul. Melancólica tristeza.
Penedo transformado sem escolhos.

Penetrei. Nadador por ter andado.
Suicida solitário. O mar azul
Logo cobriu-me num estranho fado
Quem em vez do Norte, descobriu o Sul.

Azul dentro do azul. A maresia
Marítimos escombros desvendava
E os sonhos que eu fazia, desfazia,
Desfazendo um abismo à idéia escrava.

Afoguei-me no fundo da distância
De um olhar, que busquei por minha infância.

Ives Gandra

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