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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NAVEGAR

NAVEGAR

Eu navego entre mares e tormentas,
Sem marujos no barco que conduzo,
As ondas que no coração rebentas
De teus olhos desvendam tom difuso.

As cores coloridas e incolores
Desfraldam os painéis das caravelas,
E se algum dia destes lá tu fores
Colorirás com tintas minhas velas.

Navegar é preciso, eis a verdade.
Para mim fazer versos, eu preciso.
Nas folhas eu escrevo, sem vaidade,
Sem talento, sem voz, sempre indeciso.

Meu diário silente continua
E desvenda a verdade fria e nua.

SP., 14/03/2010.
Ives Gandra

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