SEM JARDIM
Navego pelo espaço de meus dedos
Timoneiro de um barco sem seus mastros.
Nele faço de há muito os meus enredos,
Caminhando por sobre o mar dos astros.
O pensamento galgo de um só salto
A imensidão cerúlea do universo
E se desfaz inteiro pelo asfalto
Que se encontra por dentro de meu verso.
Penetro na floresta dos sem nada,
Descobrindo mil feras no meu estro
E luto com meu arco sem espada
Num papel que se faz demais canhestro.
Num desencontro intenso eu resto assim,
Sem palavras, sem sonhos, sem jardim.
SP. 16/02/2010.
Ives Gandra
Seja bem-vindo. Hoje é Sábado, 05 de abril de 2025
domingo, 24 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário