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domingo, 24 de outubro de 2010

SEM JARDIM

SEM JARDIM

Navego pelo espaço de meus dedos
Timoneiro de um barco sem seus mastros.
Nele faço de há muito os meus enredos,
Caminhando por sobre o mar dos astros.

O pensamento galgo de um só salto
A imensidão cerúlea do universo
E se desfaz inteiro pelo asfalto
Que se encontra por dentro de meu verso.

Penetro na floresta dos sem nada,
Descobrindo mil feras no meu estro
E luto com meu arco sem espada
Num papel que se faz demais canhestro.

Num desencontro intenso eu resto assim,
Sem palavras, sem sonhos, sem jardim.


SP. 16/02/2010.
Ives Gandra

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