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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A nave da vida

A nave da vida

A vida é frágil nave que caminha
Por águas procelosas, águas calmas,
E que as singra, sem rumo, mas sozinha,
Sem saber o que faz, à bordo, as almas..

O seu percurso, até final naufrágio,
Não deixa marca alguma em superfície,
Num canto marginal e sem adágio,
Que a todos diz aquilo que não disse.

Navega, mesmo quando iluminada,
Buscando seu momento derradeiro,
Navega, pelo tempo, para o nada
Entre os homens sem ter um timoneiro.

Fecha-se sempre atrás da nave o mar.
Só nela há de salvar de Deus o amar.

Ives Gandra

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